21.10.2014
Cirurgia Bariátrica = Mitos e verdades
Muito se ouve falar sobre a cirurgia bariátrica. Mitos e verdades sobre o procedimento que auxilia na cura da doença que atinge milhões de pessoas no mundo todo, mas a população ainda não sabe ao certo a responsabilidade do tratamento, muitos acreditam que a cirurgia é a cura para a obesidade, quando não é verdade e isso merece um alerta. Para tanto, a equipe da clínica MOVA resolveu abortar este tema na última reunião multidisciplinar. O evento reuniu dezenas de pacientes pré e pós operados da cirurgia bariátrica. Confira os maiores mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica conforme a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Em um ano de pós-operatório, o paciente normalmente engorda. Na maioria dos casos, o ganho de peso ocorre quando o paciente não assume hábitos saudáveis, como a adoção de dieta menos calórica e mais nutritiva e a prática de exercícios físicos regulares. Depende – A pessoa não vai comer como antes, mas se tomar uma lata de leite condensado inteirinha numa refeição, poderá engordar novamente sim. “A paciente volta a ganhar peso se consumir alimentos calóricos, como frituras e açúcares. Mas é raro quem recupera todo o peso”, afirma Ramos. Perde-se mais peso nos primeiros seis meses. A perda mais significativa de peso ocorre nos primeiros seis meses. Daí a importância de o paciente seguir com disciplina as recomendações médicas nessa primeira etapa do pós-operatório. O emagrecimento total acontece em até dois anos. A expectativa é que se perca de 30 a 40% do peso inicial. Quem fez redução de estômago não pode engravidar A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica recomenda que as mulheres procurem engravidar dois anos após a cirurgia. Há tendência à anemia no pós-operatório. De fato isso ocorre. Entre os pacientes, as mulheres têm maior tendência à anemia, por causa da menstruação, perda de ferro e pouca presença de carne vermelha na dieta. Essa situação pode ser minimizada com a ingestão de alimentos ricos em ferro, ou, se necessário, com a utilização de suplementos Depois da cirurgia bariátrica, o paciente deve fazer cirurgia plástica corretiva. Nem sempre é necessário fazer cirurgia plástica após o procedimento bariátrico. Cada caso deve ser avaliado criteriosamente pela equipe multidisciplinar responsável pelo tratamento. Dá para fazer plásticas e tirar o excesso de pele logo após a cirurgia bariátrica. Você terá de lidar com o excesso de pele, em média, por dois anos. “O ideal é que a paciente perca todo o peso esperado e esteja bem para ser operada novamente”, diz o cirurgião Denis Pajecki. As unhas podem ficar quebradiças e o cabelo pode cair após a cirurgia. “Isso pode acontecer nos primeiros meses, quando a perda de peso é mais intensa. Mas dá para resolver com suplemento vitamínico”, diz Pajecki. *Com informações também dos médicos: João Luiz Azevedo, membro do departamento de Cirurgia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp); Almino Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM); Dr. Denis Pajecki, diretor do Departamento de Cirurgia Bariátrica da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) ; Sandra Lucia Fernandes, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran); Marilice Rubbo de Carvalho, psicóloga. Após a cirurgia bariátrica, a paciente Greice Keller relatou todo o processo que mudou completamente sua vida Seis anos após a cirurgia bariátrica, a paciente Greice Keller de Oliveira Patrício decidiu expor a experiência que mudou sua vida completamente. A professora lançou na noite desta quinta-feira, 25, na Clínica Mova, o livro ‘’Cirurgia Bariátrica: Vida após a obesidade mórbida’’. O evento contou com a presença de pacientes da clínica, convidados e da equipe multidisciplinar, capitaneada pelo cirurgião, Leandro Avany Nunes. ‘’Fui incentivada pelo Leandro a escrever o livro, mas o meu gosto pela escrita também foi determinante. Muitas pessoas me consultavam sobre o procedimento e na maioria das vezes, antes mesmo de uma consulta com um médico, por isso, resolvi escrever o livro de quem viveu tudo isso”, explica a autora. Em pouco mais de 60 páginas, Greice relata todo o processo da cirurgia, desde a decisão, as primeiras consultas e o resultado final. Com 40 kg a menos, a paciente se diz realizada. “Eu contei tudo o que eu passei na cirurgia. Desde as dietas líquidas, semi pastosa, pastosa e até a alimentação sólida. Além disso, o livro também conta com quatro relatos de outros pacientes que fizeram a cirurgia por motivos diferentes dos meus”, revela Greice. Como todos os outros pacientes, a professora teve o apoio da equipe multidisciplinar, peça chave para o sucesso da cirurgia. “A Greice foi dedicada e a cirurgia foi um sucesso. Incentivei ela a escrever o livro, foi uma maneira de passar a experiência dela para outras pessoas que muitas vezes não estão satisfeitas pelo seu peso e o modelo de vida estão levando. É um livro de cabeceira para pré e pós operados”, declara o cirurgião, Leandro Avany Nunes. Durante o evento, Greice apresentou a obra, e distribuiu autógrafos aos convidados. |